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Seu filho está com manchas na pele? Saiba quando procurar um especialista

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 12/04/2016 - Atualizado 07/02/2019

Bebês e crianças nos primeiros anos de vida ainda estão com a imunidade do corpo em formação. Em função disso, estão mais sujeitas a ter uma série de doenças. E como a pele é o órgão mais exposto às condições externas, acaba sofrendo primeiro as consequências da ação de diversos agentes que causam irritação, coceira e manchas na pele. E quando elas surgem, são sempre uma preocupação para os pais. O que elas significam? Será grave?

Em busca de respostas, a primeira (e correta) ação é levar a criança ao pediatra para que ele possa identificar, afinal, do que se trata e indicar o melhor tratamento. Há doenças que causam manchas na pele, mas são simples de resolver. Outras requerem maior intervenção para serem solucionadas.

Quando as manchas na pele são uma preocupação

Qualquer que seja o caso, é possível agir com tranquilidade sabendo identificar alguns sinais e sintomas que denunciam a gravidade ou não das manchas que surgiram na pele da criança. Os pais devem ter uma preocupação maior se:

  • as erupções durarem mais de quatro dias;
  • as manchas surgirem acompanhadas de febre, vômito ou choro constante;
  • as manchas aparecerem após a administração de uma nova medicação;
  • as erupções forem ao redor dos olhos e o local estiver inchado e vermelho;
  • as erupções forem muito extensas.

Estes sintomas podem significar que as manchas representam uma doença de pele que exige um cuidado maior. Mas se, pelo contrário, a criança não tiver qualquer um destes sinais e estiver com o comportamento habitual, não há motivo para grandes preocupações. Só é necessário adotar alguns cuidados para que as manchas sumam com o tempo e a criança fique confortável.

Principais cuidados para que as manchas sumam

Na maior parte dos casos as manchas na pele são brotoejas que aparecem muito em função do calor. Nesse caso, o melhor a fazer é refrescar a criança nos dias de temperaturas altas de verão, vestindo-a com roupas leves, de algodão, ou deixando-a sem roupas, brincando à sombra. E caso as manchas na pele tenham surgido mesmo sendo inverno, a causa das brotoejas pode ser o excesso de roupa, que também provoca a sensação de calor e o suor. Isso pode ser amenizado diminuindo a quantidade de roupa, de forma que a criança não passe frio, mas também não sinta calor.

Outra possibilidade é de que as manchas de pele estejam relacionadas à dermatite de contato. Para ter certeza, basta evitar o contato da criança com sabonetes, cosméticos, produtos de limpeza, borracha, látex, elástico e metais, entre outros materiais, e até certos vegetais (aroeirinha, toxicodendro, hera, carvalho, sumagre). Havendo melhora nas manchas após a restrição, grande parte da dúvida sobre o que são as manchas estará solucionada.

Mesmo assim, permanecendo a desconfiança de que as manchas na pele representam outras doenças, é bom conversar com o pediatra e dermatologista da criança. De fato, manchas de pele podem ser sintomas de doenças como sarampo, rubéola, dengue, exantema, escarlatina, roséola, de uma reação alérgica a medicamentos ou ser um eritema solar (queimadura de sol) que precisam da orientação certa para serem tratadas.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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