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Descamação na pele do bebê: entenda porque isso acontece

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 30/05/2016 - Atualizado 07/02/2019

Para um pai ou uma mãe, não tem nada mais gostoso do que a pele do bebê. Lisa, macia, cheirosa, é convidativa para beijos e afagos. Bom se fosse sempre assim. Infelizmente, não é. Por estar ainda em maturação, a pele sensível dos bebês está mais suscetível a diversos problemas. E o primeiro que costuma aparecer logo nos primeiros dias do recém-nascido é a descamação.

A descamação na pele do bebê costuma surgir na primeira semana de vida extrauterina como resultado do processo natural de renovação da pele. As partes do corpo em que a condição é mais visível são os tornozelos, mãos e pés. Ao perceber a alteração, a primeira coisa que muitos pais fazem é passar um hidratante no bebê para ajudar a pele a se regenerar. Mas não precisam se preocupar com isso, pois se deixarem o processo transcorrer normalmente, sem intervir, até a terceira semana a pele estará sã de novo.

Por outro lado, caso os pais considerem importante usar um hidratante, devem optar por um produto neutro, indicado pelo dermatologista e/ou pediatra, sem perfume e específico para a pele do bebê.

Quando a descamação na pele do bebê é no couro cabeludo

Também é normal surgir uma descamação no couro cabeludo ou no rosto do bebê, principalmente nos recém-nascidos e bebês com poucos meses de vida. São as conhecidas “crostas” que nada mais são do que uma dermatite seborreica. Da mesma forma que surge, desaparece sozinha em alguns meses.

Há pais que usam óleo para bebês ou óleo de amêndoas no couro cabeludo do filho para remover a caspa com um pente ou uma escova macia, antes do banho. Depois, lavam a cabeça do neném com xampu. Antes de fazer isso, é indicado conversar com o pediatra especialista em dermatologia para agir de acordo com a orientação correta.

A descamação pode ser sinal de outra coisa?

Em alguns casos a descamação na pele do bebê pode ser um sintoma de dermatite atópica. Os sintomas da doença podem surgir aos dois ou três meses de vida como uma reação da pele perante um agente que considera agressor.

Também existe a possibilidade de a descamação estar relacionada à candidíase ou “sapinho”, causada pelo fungo Candida albicans que se prolifera em ambientes úmidos e quentes, como o da fralda. E há, ainda, uma doença rara que também causa descamação, a ictiose, que possui causas genéticas.

O pediatra precisa sempre ser informado sobre alterações percebidas na pele do bebê nas consultas de rotina. E consultado sempre que os pais tiverem dúvidas a respeito do que pode estar afetando a saúde do bebê. O cuidado e a proteção da infância é que forma adultos saudáveis.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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