Dermatite atópica, urticária e dermatite de contato são as alergias do verão que mais afetam a pele. Além delas, as picadas de inseto também podem desencadear em quadros alérgicos.
O calor, a exposição ao sol e o contato com areia são os fatores ambientais que mais desencadeiam os sintomas relacionados às alergias, que vão desde coceira e irritações até inflamações na pele.
Vamos conhecer algumas dicas para cuidar da pele das crianças durante essa época do ano?
Como se proteger das principais alergias do verão?
A estação mais quente do ano sempre sugere a vontade de se refrescar. Banho de chuveiro, de piscina, de mar ou de banheira: o intuito é amenizar a sensação de calor.
Entretanto, durante o verão, é importante que os cuidados para a pele sejam intensificados, a fim de evitar que as alergias e outros problemas dermatológicos apareçam.
Preparamos dicas importantes para você cuidar da sua criança durante o verão e evitar o aparecimento das principais alergias dessa época do ano: dermatite de contato, dermatite atópica, urticária e a alergia às picadas de inseto. Confira:
Dermatite atópica
A dermatite atópica é a principal doença tratada pela dermatologia infantil. Consiste em uma doença crônica e tem origem hereditária.
A dermatite atópica se dá por um processo inflamatório da pele, que tende a melhorar e alterar com outros períodos de piora. Esses intervalos podem variar de meses até anos, entre uma crise e outra. No entanto, quanto mais grave for o quadro da coceira e das feridas, menor será esse tempo de manifestação aguda do problema.
A dermatite atópica deixa a pele seca, com áreas avermelhadas. O aparecimento da doença pode se agravar por meio de:
- banhos demorados e/ou com água muito quente;
- uso de sabonete e cosméticos em excesso;
- uso de roupas sintéticas;
- períodos de intenso suor;
- temperatura fria;
- uso de amaciantes de roupas;
- alimentação com muitos corantes e conservantes.
A boa notícia é que, com prevenção, a manifestação da doença pode ser evitada. Saiba como abaixo.
Como prevenir?
É preciso evitar ou reduzir a exposição e/ou o contato com os fatores desencadeantes para prevenir a dermatite atópica, ou seja:
- deve-se hidratar a pele todos os dias após o banho, que deve ser curto (dez minutos, no máximo) e com água fria ou morna;
- o sabonete deve ser utilizado somente para limpar as axilas, a região genital, as mãos e os pés;
- utilizar protetor solar é outra medida de cuidado com a pele para proteção da dermatite atópica.
Cultive esse hábito desde cedo nas crianças. Ensine a importância desses cuidados que, naturalmente, passam a fazer parte da rotina antes da diversão.
Dermatite de contato
Algumas substâncias podem provocar a dermatite de contato, caracterizada por uma irritação na pele que surge depois da exposição a um produto que contenha algum composto químico que não é bem aceito pelo corpo. Além da irritação, a doença também causa coceira e vermelhidão.
Como prevenir?
Para prevenir possíveis dermatites de contato é necessário identificar o agente desencadeante da dermatite. Outras medidas importantes são:
- usar produtos hipoalergênicos;
- lavar bem as mãos após a exposição a substâncias que levam a possíveis irritações;
- para exposições maiores às causas da alergia, é fundamental fazer uso de vestimentas adequadas como luvas, uniformes e calçados.
A hidratação da pele e do organismo pode atuar como prevenção da dermatite de contato.
Eventualmente, podem ser prescritos alguns medicamentos pela dermatopediatra para tratar os sintomas principais, como coceira e vermelhidão.
Urticária
A urticária se caracteriza por uma irritação na pele, desencadeada por lesões avermelhadas e com leve inchaço, ao que chamamos de vergões. As urticárias podem aparecer em qualquer área do corpo e tendem a surgir como surtos.
Esse é um problema que ainda pode aparecer de forma crônica ou aguda. A urticária crônica se dá quando os sintomas duram por seis semanas ou mais, enquanto que a urticária aguda consiste em sintomas que desaparecem em menos de seis semanas.
Além disso, a urticária pode se classificar em:
- urticária espontânea ou urticária idiopática: quando não há uma causa identificada para o problema;
- urticária induzida: nesse caso há um fator identificado como causa da doença, como infecções, alimentos, drogas e estímulos físicos, como calor, sol, água, pressão e temperaturas baixas.
Como prevenir?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a urticária é uma das alergias de verão que atinge de 15 a 20% da população, pelo menos em algum momento da vida.
Primeiramente, a melhor maneira de prevenir-se da urticária é se afastar do que está causando a alergia, quando isso for possível. Entretanto, mesmo que a urticária ainda tenha uma causa desconhecida, ainda é possível preveni-la de algumas maneiras:
- evitar altas temperaturas;
- amenizar o estresse;
- adotar uma dieta alimentar reduzida em: corantes, conservantes, enlatados, refrigerantes, sucos artificiais;
- usar repelentes para insetos.
Alergias a picadas de inseto também são comuns no verão
Com a chegada do verão, as crianças brincam mais ao ar livre e com menos roupas do que são acostumadas a usar. Essa época do ano também favorece o aparecimento de mais insetos e consequentemente, aumentam-se as picadas. Nesse processo, as picadas também podem se intensificar e desencadear uma reação alérgica.
Quando a criança tem alergia ao inseto, a picada fica avermelhada e coça bastante, podendo incomodar até o sono. Muitas vezes, os pais confundem a alergia de picadas com alergia alimentar. No entanto, a forma arredondada como a lesão se apresenta irá indicar se houve ou não uma reação alérgica a uma picada de inseto. É fundamental que os pais levem a criança imediatamente a um dermatopediatra, pois só um especialista poderá verificar com certeza a origem da alergia.
Com alguns cuidados preventivos, é possível prevenir alergias e outras problemas dermatológicos comuns do verão.
Se você gostou do artigo, aproveite para baixar o ebook completo “Principais doenças de pele na infância: sintomas, tratamento e prevenção”. O download é gratuito.