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Picada de inseto: saiba como identificar se seu filho é alérgico

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 25/02/2017 - Atualizado 07/02/2019

Basta uma picada de inseto em seu filho para ele começar a se coçar e várias outras bolinhas surgirem pelo corpo, causando coceira também? Uma resposta positiva significa que seu filho pode, sim, ser alérgico à picada de inseto. Mas, para ter certeza, é preciso investigar.

As picadas mais comuns são as de pernilongos, borrachudos, pulgas e formigas. No momento da picada, o inseto injeta sua saliva na pele da criança. Se ela é alérgica, o local pode ficar avermelhado e coçar muito. O efeito dura de sete a dez dias. Ao coçar, podem surgir pequenas feridas e manchas brancas, que desaparecem em poucos meses. Em alguns casos, pode ocorrer uma infecção por bactéria, o que deixa uma ferida amarelada.

A alergia à picada de inseto se manifesta até os dois anos

A alergia começa quando a criança tem entre um e dois anos de idade. Em alguns casos, a coceira pode incomodar até para dormir. Ao longo do tempo, as lesões diminuem.

Para identificar se o seu filho é alérgico a picadas, a Sociedade Brasileira de Pediatria  recomenda que sejam observadas as seguintes características:

  • se, nos períodos de calor, há um aumento de bolinhas avermelhadas no corpo do bebê;
  • se estas bolinhas são avermelhadas, bolhosas e alinhadas;
  • se o bebê coça muito e você percebe inchaço no local.

As reações alérgicas à picada de inseto menos graves geralmente são caracterizadas pelo aparecimento de lesões em lugares não picados pelo inseto, semelhantes à picada original. Nas mais graves, existe a possibilidade de ocorrer uma reação anafilática, que pode ser grave.

Na dúvida, converse com o pediatra

Qualquer anormalidade presente na pele do bebê deve ser informada e mostrada ao pediatra que detém conhecimento em dermatologia. Independentemente de os pais estarem certos sobre tratar-se de uma alergia à picada de inseto, é a médica quem deve diagnosticar a condição e prescrever o tratamento adequado.

O uso incorreto de cremes, pomadas e outros medicamentos antialérgicos pode desencadear reações graves. Só é permitido passar repelente no bebê com mais de seis meses. E, ainda assim, mediante algumas recomendações.

A alergia à picada de inseto diagnosticada na primeira infância praticamente deixa de existir quando a criança chega próximo dos oito ou dez anos. Até lá, é importante protegê-la para que a alergia não se torne um desconforto muito grande.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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