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Repelente em bebês: pode ou não pode usar?

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 15/02/2016 - Atualizado 07/02/2019

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) confirmou três novos casos de dengue e quatro de zika vírus em Santa Catarina desde o começo de 2016. No Estado, do dia 3 ao dia 16 de janeiro, foram identificados 475 focos do mosquito Aedes aegypti em 55 municípios. A capital de SC, Florianópolis é um deles.

O Aedes aegypti transmite não só a dengue e o zika vírus, como também a febre chikungunya. Ultimamente a preocupação dos órgãos de saúde tem sido conscientizar a população para a importância das medidas de prevenção para conter a proliferação do mosquito, como também para a necessidade de as pessoas se protegerem por intermédio do uso de repelente. A dúvida é: crianças pequenas podem usar o produto?

O que é indicado fazer

A recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a de que os repelentes contenham substâncias ativas com registro na autarquia. Esta é uma garantia de que os produtos são seguros e não causam efeitos adversos nos seres humanos e no meio ambiente. As substâncias que possuem autorização da Agência são: DEET, icaridina, IR3535, e óleo de eucalipto limão, citronela e outros óleos essenciais. Apenas DEET, icaridina e IR3535 têm ação repelente para o Aedes.

Mas, atenção! Repelentes de insetos não são recomendados para crianças menores de 6 meses. Nesta idade usar apenas mosqueteiros e roupas protetoras.

Não é recomendado o uso de um produto único, que combina o repelente de insetos e o protetor solar, o mais indicado é usar cada produto separadamente. Lembrando que o protetor solar deve ser aplicado antes do repelente.

Como usar repelentes de forma segura

Além de ler o rótulo e seguir todas as instruções e conhecer todas as precauções indicadas pelo fabricante do produto contra os mosquitos, aplicar o repelente da forma correta e realizar a higiene da maneira certa são outras formas de usar o produto de forma segura, portanto:

Aplique os repelentes de insetos apenas do lado de fora da roupa do seu filho e sobre a pele exposta.
Use produtos na versão spray somente em áreas abertas para evitar a inalação direta.
A quantidade utilizada deve ser a suficiente para cobrir a pele exposta.
Supervisione a aplicação do repelente feita pelas crianças mais velhas e ajude as menores a passar o produto.
Limpe as mãos, as suas e a das crianças, depois da aplicação.
Cuide para remover todo o repelente da pele no banho, ao voltar para casa.
Lave as roupas que estiveram em contato com o produto antes de usá-las novamente.

Os repelentes protegem a pele da ação dos insetos mais comuns. Também são uma proteção para as crianças e bebês alérgicos a picadas de mosquito. Além deles, há barreiras físicas e ambientais que os pais podem utilizar para evitar a aproximação dos mosquitos. Converse sobre as alternativas com o pediatra para ter certeza de que a medida de proteção escolhida contra esses bichinhos é a mais adequada.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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