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Como cuidar da criança com febre

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 15/02/2018 - Atualizado 07/02/2019

Quando tem uma criança com febre em casa, os pais ficam muito apreensivos. O que é preciso entender, antes de mais nada, é que a febre é algo, de certa forma, benéfica para o organismo, pois a elevação da temperatura ajuda o corpo a combater infecções.

A dúvida seguinte, geralmente, é: será que é algo grave? Essa preocupação leva os pais a monitorarem constantemente a temperatura dos filhos. Muitos têm em casa termômetros de orelha ou digitais.

A utilização do termômetro de mercúrio é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Inclusive, ele não pode mais ser mais fabricado, importado ou comercializado para o Brasil. A determinação foi motivada pelo risco que a substância representa para a saúde e o meio ambiente.

Saiba em que momento se preocupar com a criança com febre

Considera-se febre a temperatura axilar acima de 37,2ºC. Ao querer baixar a temperatura antes dela chegar a 37,8ºC pode-se estar combatendo algo que está fazendo bem ao organismo e o ajudando.

Enquanto a temperatura não chega a ser maior de 38,5ºC, os pais devem, somente, observar. Acima disso, a criança começa a ficar incomodada, portanto, é hora de intervir para amenizar o desconforto da criança com febre.

O tratamento deve ser feito com o medicamento antitérmico indicado pelo pediatra para essas ocasiões. Converse com o médico caso nenhum tipo desse remédio tenha sido prescrito para a criança, ainda. Independentemente da situação, a automedicação nunca é recomendada.

Outra coisa, muito importante, é consultar o pediatra sobre a dose que deve ser administrada quando os pais não se recordam qual orientação foi dada pelo médico e não detêm mais a prescrição do medicamento. De forma alguma deve-se confiar apenas nas informações que constam na bula do remédio.

Levar a criança para o banho também é uma forma de ajudar a baixar a febre. Além disso, é uma maneira de não precisar medicar a criança com tanta frequência. Mas, atenção para a temperatura da água: ela não deve estar gelada. O ideal é que esteja entre morna e fresca.

É importante que a criança com febre, com idade superior a seis meses de vida, consuma água, pois a elevação da temperatura causa desidratação devido a grande perda de água que ocorre. Assim, a água é fundamental e faz parte do tratamento.

O que os médicos observam muito em uma criança com febre é seu estado geral. Ou seja, caso, mesmo com a temperatura corporal elevada, a criança está brincando como sempre faz e alimentando-se bem, não há muito com o que se preocupar.

Porém, quando a criança mudou o seu comportamento em função da febre, perdeu o apetite e o interesse em brincar, e, além disso, apresenta outros sintomas, como vômito e tosse, ela precisa ser examinada. É importante conversar, primeiro, com o pediatra responsável pelo acompanhamento da saúde dela. Na falta de contato, a opção é buscar um plantão médico infantil para cuidar da criança com febre.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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