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Por que a incidência do câncer de pele está aumentando?

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 06/04/2016 - Atualizado 07/02/2019

A melhor maneira de se proteger contra o câncer de pele é usar diariamente o filtro solar com fator mínimo de proteção 15. É importante evitar os períodos de maior incidência solar (das 10 às 16h) e usar chapéu para aumentar a proteção da pele contra os raios ultravioletas.

No dia a dia, o filtro solar deve ser aplicado no período da manhã e da tarde. Quando estamos na praia, piscina ou passando o dia ao ar livre, o filtro solar deve ser reaplicado a cada duas horas em todas as áreas da pele expostas ao sol.
O câncer de pele é raro na criança, sendo mais prevalente na fase adulta, mas o acúmulo da exposição solar na infância influencia no aparecimento ou não do câncer de pele no adulto.

Na infância estamos sempre na rua, no parque, expostos a radiação solar por muito mais horas. Acredita-se que nessa época a exposição solar equivale a 80% da que seremos expostos durante toda a vida.

Além do sol, as câmeras de bronzeamento artificial também podem ter o mesmo efeito no aumento do número de casos de câncer de pele. O melhor é evitar o uso desse procedimento.

Em entrevista recente, o Dr Sanjiv Agarwala, um dos maiores estudiosos de melanoma – o câncer de pele mais agressivo – no mundo, apontou algumas mudanças no estilo de vida das pessoas como uma das razões para o aumento nos casos de câncer de pele, além da destruição da camada de ozônio, que diminui a proteção da entrada dos raios UVA e UVB em nosso planeta.

Fatores que contribuem para elevar a incidência do câncer de pele

Hoje, as pessoas ficam muito tempo em ambientes fechados, no trabalho e em casa, e frequentam as praias e piscinas poucas vezes no ano. Consequentemente, quase não se expõem ao sol. Isso faz da nossa pele um órgão menos resistente à exposição solar.

Ao contrário do que se pensa, não é a exposição crônica, diária ao sol (com cuidado, sem queimar a pele) a grande vilã do câncer de pele, e sim a exposição ocasional. E além da menor exposição ao sol a que nos submetemos nos dias de hoje, as roupas que utilizamos na praia e na piscina são mais curtas, cobrem menos o corpo, o que significa manter o corpo mais exposto ao sol.

Os pais e cuidadores das crianças, hoje, devem lembrar de usar todos os dias o filtro solar nas áreas expostas à luz do sol, a partir dos seis meses de vida para ter uma geração de adultos com uma pele mais saudável e, quem sabe, uma diminuição da incidência do câncer de pele no futuro.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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