Blog

Manchas vermelhas na pele da criança são sintomas da doença mão-pé-boca

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 21/11/2016 - Atualizado 07/02/2019

A síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma doença causada por vírus. O mais comum é o Coxsackie A16. É transmitida de pessoa para pessoa pelo contato direto com a saliva, fezes ou gotículas respiratórias, ou indiretamente através de objetos contaminados. Em geral, os sintomas são febre, prostração e falta de apetite. Depois de três a seis dias incubando o vírus, surgem manchas vermelhas na pele da criança, principalmente nas plantas dos pés e palmas das mãos. Em uma semana, os anticorpos produzidos pelo organismo neutralizam a ação do vírus, que é eliminado.

As mais afetadas pela doença são as crianças menores de 10 anos. Mesmo assim, adultos não estão livres de contaminação. O tratamento da SMPB é sintomático. Consiste em controlar a febre, que varia entre 38 e 39°C, fazer com que a criança se alimente e cuidar das erupções cutâneas que aparecem, inclusive, na língua, gengivas, úvula e palato.

Não há tratamento específico para a SMPB e os sintomas desaparecem depois de sete a 10 dias, em média. O diagnóstico é essencialmente clínico, feito com base no relato dos sintomas e no exame físico.

Características das manchas vermelhas na pele da criança causadas pela SMPB

As manchas vermelhas na pele da criança características da síndrome mão-pé-boca se desenvolvem ao longo de um a dois dias. Além das palmas das mãos e plantas dos pés, também podem aparecer nos joelhos, cotovelos, nádegas e na área genital. As manchas são geralmente indolores e não coçam. Ocasionalmente, podem progredir para pequenas bolhas, que podem ser dolorosas. Entre três e sete dias, elas desaparecem.

O verão e o início do outono são as épocas mais propícias para a manifestação da doença. A primeira semana é o período de maior contágio.

As erupções na boca podem levar até quatro semanas para serem eliminadas. Neste período, é recomendado dieta líquida, pastosa, fria e doce. Uma vez diagnosticada com a síndrome, a criança torna-se imune à doença, ou seja, não será mais infectada pelo vírus quando exposta a ele.

As erupções cutâneas são comuns na infância. A maioria delas está relacionada a doenças inofensivas para a saúde da crianças, mas, mesmo assim, todo cuidado é pouco. Qualquer alteração na pele precisa ser avaliada por uma dermatopediatra para que a condição seja tratada apropriadamente.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

    Inscreva-se em nossa newsletter

    Receba mais informações sobre cuidados para a saúde em seu e-mail.

    Voltar