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Como proteger o bebê dos mosquitos

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 27/03/2017 - Atualizado 07/02/2019

Os mosquitos são um incômodo com o qual os pais têm de lidar, principalmente se o filho é alérgico à picada do inseto. Nesse caso, basta uma picada para surgirem bolinhas em todo o corpo. Na primeira vez que isso acontece, os pais ficam assustados, não sabem o que está acontecendo e correm ao pediatra para descobrir o que são e como tratar as lesões. É uma oportunidade para aprender a como proteger o bebê dos mosquitos.

A reação alérgica é apenas uma das formas que o organismo tem de defender-se de algo vindo do meio externo e que, de alguma maneira, representa uma ameaça. Nem sempre é isso o que acontece com o bebê que é atacado por um mosquito. A coceira no local da picada, por exemplo, é um sintoma muito comum e não indica, necessariamente, reação alérgica. De qualquer forma, é sempre bom evitar que o bebê se coce para não causar uma lesão ainda maior, que pode infeccionar e servir de acesso ao organismo para outras bactérias.

Dicas de como proteger o bebê dos mosquitos

É muito comum os adultos quererem “acabar com o sofrimento do bebê” que foi picado por um mosquito, uma pulga ou outro inseto com pomadas que, geralmente, utilizam em si mesmos ou em crianças mais velhas. Nunca faça isso. Bebês têm a pele mais sensível e devem usar medicamentos especialmente desenvolvidos para eles, quando for o caso. Do contrário, a pele pode ser ainda mais agredida.

Não faz mal os pais quererem ter em casa uma pomada ou outro remédio para utilizar. Mas, antes de ir à farmácia ou de usar o próprio medicamento, devem conversar com o pediatra sobre qual produto é o mais indicado. Isso pode ser feito em uma consulta de rotina. Não é preciso esperar que um mosquito pique a criança para ir em busca de orientação.

Em todo caso, até lá, os pais podem investir em prevenção. Algumas recomendações de como proteger o bebê dos mosquitos são:

  • usar mosquiteiros com poros que contenham, no máximo, 1,5 milímetros (alguns já contêm até inseticida);
  • colocar telas de proteção em portas e janelas (algumas também já contêm inseticida);
  • manter ambientes fechados bem refrigerados no verão;
  • manter as portas e janelas que não possuam tela de proteção fechadas no fim da tarde (hora em que os mosquitos costumam entrar nas residências);
  • vestir o bebê com roupas claras (as coloridas atraem a atenção dos mosquitos);
  • usar repelentes elétricos, prestando atenção à forma correta de usá-los: ligá-los quando o bebê não estiver no quarto, em uma tomada que seja longe do berço ou da cama e próxima da porta, que deve permanecer aberta.

Os bebês só podem usar repelentes depois dos seis meses de vida. Antes disso, o uso do produto não é recomendado.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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