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Bromidrose axilar: o que fazer para evitar o mau cheiro nas axilas

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 13/04/2018 - Atualizado 07/02/2019

A bromidrose axilar é caracterizada pelo mau cheiro nas axilas. O problema ocorre quando há a presença e a ação de alguns fatores, como:

  • micro-organismos (fungos, bactérias, etc.) no local;
  • o diabetes;
  • a obesidade;
  • o consumo excessivo de alimentos como cebola, alho e pimentas;
  • o uso de alguns antibióticos, como a penicilina, e certos hormônios que podem alterar o odor da transpiração, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.

As glândulas sudoríparas se desenvolvem entre oito e 14 anos e estão espalhadas por toda a extensão da pele, sendo responsáveis pela produção do suor. Sua principal função é regular e manter a temperatura do corpo, que deve permanecer em torno de 36 graus Celsius.

Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas. As écrinas estão distribuídas pela superfície total do corpo desde o nascimento e têm função termorreguladora.

O suor que elas eliminam pelos poros é constituído, basicamente, por água e alguns sais minerais que não se decompõem. Por isso, as glândulas écrinas não produzem suor que exala mau cheiro.

As apócrinas, por sua vez, desenvolvem-se em apenas algumas regiões do corpo:

  • axilas;
  • área genital;
  • couro cabeludo;
  • ao redor dos mamilos.

O suor que as glândulas apócrinas secretam é eliminado através dos folículos pilosos e, além de água e alguns sais minerais, podem conter restos celulares e do metabolismo, que produzem odores desagradáveis.

Isto acontece quando o corpo fica exposto à ação de certas condições, como as citadas no início do artigo, e que se agravam, principalmente, em ambientes com calor excessivo, muita umidade e ausência de luz. A condição de mau cheiro devido à ação dos micro-organismos que decompõem o suor e os restos celulares nas axilas é chamada bromidrose axilar.

Tratamentos para a bromidrose axilar

O primeiro passo é identificar a causa da bromidrose axilar, para prescrever o tratamento adequado, começando por atacar o problema em sua base. Além disso, é fundamental promover a higiene cuidadosa da pele das axilas, uma vez que a sudorese é mais abundante nessa região, porque nela está concentrado um número maior de glândulas sudoríparas. O objetivo de tal medida é restringir, ao máximo, as condições de proliferação dos micro-organismos, que são os principais agentes causadores do mau cheiro ao suor das axilas.

Outro recurso é utilizar produtos de higiene, como desodorantes e antitranspirantes, por exemplo, que controlam a produção excessiva de suor. Também é possível que o médico  prescreva medicamentos com ação bactericida, fungicida e antimicótica.

A retirada cirúrgica da glândula sudorípara das axilas é uma solução terapêutica raramente utilizada. Este tratamento não tem por objetivo a cura da bromidrose axilar, mas, sim, controlar a transpiração excessiva na área.

Dicas para evitar a bromidrose axilar

Higiene pessoal

É preciso cuidar constantemente da higiene pessoal. Deve-se secar bem a pele das axilas após o banho e, caso seja necessário, utilizar um secador de cabelo em uma temperatura morna para eliminar os resquícios de umidade que possam favorecer a proliferação de micro-organismos.

Vestuário

Troque de roupa todos os dias. Atualmente, existem produtos que ajudam a eliminar odores mais fortes, como o mau cheiro das axilas, durante a lavagem. Evite as roupas de tecido sintético e, sempre que possível, escolha as vestimentas de algodão.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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