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Tratamento para espinhas: quando começar?

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 25/07/2018 - Atualizado 07/02/2019

O tratamento para espinhas guiado por um dermatologista é a melhor solução para remover os incômodos da acne. Espremer as espinhas só piora o quadro e causa ainda mais desconforto e ansiedade. Da mesma forma, cremes caseiros e promessas milagrosas também podem acabar piorando a situação da pele e levando à formação de cicatrizes.

A acne mais comum é a que aparece durante a adolescência e se relaciona à quantidade de hormônios, que encontram-se elevados durante esse período, especialmente a testosterona. Isso leva à mudanças nas glândulas da pele, que passam a produzir mais oleosidade (sebo) para mantê-la úmida e protegida.

Dessa forma, a acne se forma quando esse óleo se mistura com células mortas da pele, obstruindo os poros. Bactérias passam a crescer nessa mistura, dependendo do caso. Se essa junção escorre para tecidos próximos, acaba provocando inchaço, vermelhidão e pus. Assim, à essas protuberâncias, dá-se o nome de acne. Em vista disso, é necessário que os pais se encontrem atentos a esse problema que acomete muitos adolescentes, conhecendo as maneiras de reverter o quadro.

Entenda o tratamento para espinhas

A acne pode atingir diretamente a saúde psicológica do paciente, além de deixar a pele marcada por cicatrizes. No entanto, o tratamento dermatológico é essencial para não deixar que o quadro se agrave. Além disso, é muito importante estabelecer o cuidado com a saúde epitelial, já que a pele é um órgão protetor que está muito mais exposto do que os outros órgãos internos.

Quanto antes for iniciado o tratamento, maior a eficiência dos resultados. Espremer as espinhas pode piorar demasiadamente o aspecto e reversão delas. O tratamento dependerá do grau e intensidade da acne. Logo, o dermatologista irá decidir se o procedimento usado será por via oral ou tópica, dependendo de cada caso.

Alguns tratamentos incluem gel, cremes, sabonetes, antibióticos orais e uso de isotretinoína (Roacutan). Caso o quadro resulte em manchas, é possível tratá-las com medicamentos específicos ou procedimentos em consultórios. Outros tratamentos complementares, recomendados pelo especialista, dependendo da gravidade das cicatrizes resultantes, são:

  • extração de comedões;
  • punção ou drenagem de pústulas;
  • infiltração de medicações específicas, como corticóide;
  • peeling;
  • dermoabrasão;
  • subincisão;
  • preenchimentos cutâneos com gordura ou ácido hialurônico.

Hábitos que agravam a acne

Embora a maioria dos casos de acne seja decorrente do período da puberdade, alguns hábitos podem levar ao seu aparecimento em outros momentos da vida. Além disso, nos casos em que já existe a acne, algumas medidas podem agravar o quadro:

  • Lavar demasiadamente o rosto: o ato de lavar o rosto mais de duas vezes por dia pode aumentar a oleosidade da pele;
  • não usar protetor solar: o uso do protetor solar é fundamental para o cuidado da pele, até as mais oleosas hoje em dia contam com produtos específicos para não aumentar a oleosidade;
  • não retirar a maquiagem: manter resíduos de produtos obstrui os poros, irritando e sensibilizando o rosto;
  • espremer espinhas: as mãos cheias de bactérias podem agravar a infecção, além de machucar a pele, por meio do inchaço e dor;
  • exposição excessiva ao sol: o excesso de exposição ao sol pode causar manchas na área onde há espinha e envelhece-la mais rapidamente;
  • alimentação ruim: para garantir que a acne desapareça, é fundamental evitar alimentos como doces, fast-foods, leite e derivados, carne animal e produtos enlatados.

Entre em contato, caso haja mais dúvidas sobre o assunto. Para complementar as informações, leia o artigo Quais produtos para a pele são recomendados para adolescentes?

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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