Notar o bebê com espinhas é mais normal do que pode parecer. Geralmente, ao perceber que há algo de errado com a pele do bebê, a maioria dos pais tende a ficar assustados, não é mesmo?
A boa notícia é que já no início da vida, a pele passa por diversas transformações e isso é totalmente natural. Um exemplo disso são as espinhas que surgem na pele do recém-nascido, que chamamos de acne neonatal.
Leia o artigo para saber quando a acne no bebê é algo despreocupante e quando é o momento de procurar ajuda.
Acne neonatal: o que devo saber sobre esse tipo de espinha?
Embora acne apareça com maior frequência durante a adolescência, é muito comum que atinja os recém-nascidos. Conhecida como acne neonatal, esse tipo de espinha acomete as crianças que possuem predisposição genética a desenvolvê-la.
Isso acontece em decorrência da liberação dos hormônios maternos durante a gestação, pós-parto e também no período de amamentação. Ou seja, como esses hormônios permanecem no organismo do bebê por algum tempo, podem provocar surgimento de pequenos cravos e espinhas.
Dessa forma, a acne neonatal tende a surgir entre a terceira e quarta semana de vida do bebê, podendo permanecer por até seis meses, período correspondente à permanência desses hormônios na criança.
As lesões formadas pela acne neonatal são caracterizadas por cravos pretos ou brancos e espinhas avermelhadas e, em casos mais raros, espinhas com pus.
Como tratar a acne neonatal?
Mesmo que o surgimento da acne neonatal possa trazer incômodo e preocupação aos pais, o ideal é que os pequenos cravos e espinhas não sejam removidos, já que isso pode trazer cicatrizes na pele da criança.
É importante que os pais saibam que o problema não é grave e, na maioria das vezes, desaparece espontaneamente.
Caso a acne neonatal acometa o seu bebê, o mais indicado é que você procure um dermatopediatra e tire todas as suas dúvidas.
Quando as espinhas nos bebês apresentam sinal de preocupação?
Quando aparecem bolhas ou espinhas com pus em qualquer parte do corpo da criança, é necessário realizar um exame mais aprofundado. Dependendo do caso, os sinais podem estar indicando herpes viral e, nessa situação, é necessário realizar um tratamento médico.
Além disso, quando os cravos e as espinhas não desaparecem após os seis meses de idade, o ideal é procurar ajuda e utilizar algum medicamento ou formulação leve para resolver o problema da pele do bebê, sob prescrição médica.
Acne infantil é o mesmo que acne neonatal?
Quando as acnes surgem a partir do terceiro mês de vida, chamamos de acne infantil. A diferença entre a acne infantil e a acne neonatal é que as lesões da acne infantil aparecem em maior persistência e quantidade.
A acne infantil acontece devido o entupimento do folículo e, dessa forma, o sebo produzido pelas glândulas sebáceas é liberado para a superfície da pele. Geralmente, a acne infantil desaparece gradativamente, em até três anos.
Outro problema de pele em bebês, muito confundido pelos pais, é a brotoeja. No entanto, é importante reconhecer que são problemas dermatológicos com causas distintas.
Como diferenciar acne neonatal de brotoeja?
A brotoeja é causada por glândulas sudoríparas obstruídas, enquanto a acne neonatal é causada pelos hormônios maternos. Quando a criança tem brotoeja, a saída para o suor do bebê fica bloqueada e surgem essas lesões, conhecidas também como miliária.
O aspecto de ambas pode ser bem parecido, mas é importante compreender que existem três tipos de brotoeja e, consequentemente, essas podem surgir de formas distintas. São elas:
- miliária cristalina: bolhas pequenas agrupadas com líquido transparente em seu interior e não apresenta sinais de inflamação, dor ou coceira;
- miliária rubra: bolinhas avermelhadas que coçam, além da sensação de queimação e ressecamento da pele;
- miliária pustulosa: bolinhas com sinais de inflamação e presença de pus.
Embora a brotoeja possa surgir em qualquer idade, os bebês recém nascidos tendem a desenvolvê-las com maior frequência, já que possuem poros menores e ductos ainda muito imaturos.
A brotoeja surge a partir da primeira semana de vida e pode acometer qualquer região do corpo, já que existem glândulas sudoríparas em todo o corpo. No entanto, é mais comum que essas lesões aparecem em regiões onde há mais suor, como rosto, tronco, pescoço, nádegas, virilhas, axilas e embaixo das mamas.
Atenção!
É fundamental estar atento à pele das crianças, só assim é possível identificar problemas de pele logo aos primeiros sinais de mudança.
Lembre-se que apenas um especialista pode emitir um diagnóstico seguro e promover um tratamento efetivo. Para te ajudar nessa missão, é importante você se informar a respeito das doenças de pele que acometem os bebês e as crianças.
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