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Quantos dias um bebê pode ficar sem fazer cocô?

Por: - Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133
Publicado em 11/05/2018 - Atualizado 07/02/2019

Quantos dias um bebê pode ficar sem fazer cocô? Esse é um assunto que preocupa muitas mães que não sabem como agir em relação à constipação intestinal do seu bebê.  Às vezes, a criança pode sentir dor na barriga e manifestar irritabilidade, o que demonstra o desconforto de fezes endurecidas.

O fato do bebê não conseguir evacuar pode ser resultado da fase natural de adaptação do intestino ao leite e a outros alimentos. O leite em pó e outras fórmulas lácteas também trazem essa dificuldade.

No entanto, conforme as fezes passam a adquirir uma consistência mais firme, é importante observar o quadro. Caso o bebê permaneça mais de dois dias sem evacuar e ainda apresente outros sintomas alarmantes, pode-se considerar um caso de constipação intestinal.

É importante se atentar ao caso da indicação de uma doença congênita, segundo sintomas mais agravantes. São eles:

  • vômitos;
  • sangramentos retais;
  • hemorroidas;
  • falta de apetite;
  • micção reduzida;
  • abdômen distendido;
  • sonolência frequente.

Nesses casos, é fundamental levar a criança à ajuda médica.

Quantos dias um bebê pode ficar sem fazer cocô sem que isso seja uma preocupação

Desde o nascimento até o primeiro ano de idade, o bebê varia a frequência com que evacua. Isso se dá ao fato de que o intestino leva um certo tempo para se adaptar ao leite e aos alimentos que vão sendo incluídos em sua dieta. A presença de cólicas, que surgem intensamente até os três meses de idade, também sugere essa fase de adaptação intestinal.

É normal que, nos primeiros 14 dias de vida de um bebê, ele defeque até sete vezes por dia. Até o quinto mês, essa frequência chega até a normalidade de duas vezes ao dia, adaptando-se até um ano de idade. Geralmente, ainda acontece de o bebê ficar de quatro a 10 dias sem evacuar, quando alimentado só com o leite materno. Nesse caso, quando eliminam as fezes, as mesmas saem normais – é o que chamamos de pseudoconstipação.

Para verificar se o caso é de real obstipação, é necessário considerar alguns sinais aparentes:

  • fazer cocô duro e ressecado;
  • esforço ao evacuar, podendo ficar vermelho;
  • sentir dor e dificuldade ao evacuar;
  • demonstrar sangue no cocô;
  • não aumentar o peso.

Quando o bebê apresentar o cocô pastoso ou líquido, depois de um ou dias dias sem defecar, o ideal é ajudá-lo com algumas medidas. Na maioria das vezes, não é recomendável inserir supositórios no bebê, pois ele pode se tornar dependente disso para que o intestino trabalhe.

Como aliviar os sintomas da constipação?

Primeiramente, é fundamental que o pediatra oriente as devidas mudanças nos hábitos alimentares, com a ingestão de líquidos, alteração do leite e inclusão de fibras alimentares. Outras opções caseiras importantes para ajudar o bebê são:

  • cuidar da higiene da região anal do bebê;
  • estimular a movimentação da criança, mexendo e alongando as pernas, principalmente;
  • fazer massagens na região abdominal do bebê, pressionando levemente três dedos abaixo do umbigo.

Caso essas medidas ainda não surtam efeito, é necessária a procura por um especialista.

A prisão de ventre em bebês é uma situação muito comum e natural no início da vida. Principalmente para os pais de primeira viagem, é importante manter a calma para ajudar o seu bebê a ter um fluxo intestinal saudável.

Material escrito por:
Dermatologista Pediátrica - CRM/SC 10414 | RQE 5948 | RQE 21133

A Dra. Marice Mello dedica-se à pediatria desde a graduação em medicina na UFSC. A médica é especialista em pediatria, pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, e tem especialização em dermatologia pediátrica, pela UFPR. É membro da Society Pediatric Dermatology, da Sociedade Latino-Americana de Dermatologia Pediátrica e da Sociedade Brasileira de Pediatria.   Ver Lattes

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